quinta-feira, 28 de maio de 2015

Ainda há muito pelo que lutar


Boa noite gente. 
A postagem de hoje mostra alguns momentos de luta e resistência necessárias ultimamente. Em sentido horário, a primeira foto é uma faixa que esta na entrada do prédio de letras da UFRJ em apoio ao terceirizados, funcionários que estão sem receber a meses, sendo praticamente escravizados, trabalhando apenas para comer; a Segunda foi um ato também em apoio aos terceirizados, mas dessa vez na UERJ. E nesse mesmo dia que aconteceu um debate excelente, "Estado e Sociedade em tempos de (in)determinação política" com Galdêncio Frigotto, Tarso Genro e Marcelo Freixo e eu participei; A terceira é de ontem, alunos da UERJ após sofrerem repressão policial dentro da própria Universidade (já já explico). E a quarta é algo recorrente na UERJ, polícias em represaria aos alunos. Essa foto foi tirada no dia do tal ato seguido do debate. Mas poderia ter sido clicada em muitas outras vezes que isso ocorreu.

Hoje poderia ser um dia bem comum, poderia... Trabalhei o dia todo e na volta pra republica notei um avião sobrevoando muito baixo por aqui. Quando chego na republica Amanda me recebe com preocupação e explica brevemente o motivo da tensão que estava no rosto das pessoas que encontrei no caminho. 
Estava acontecendo uma assembléia estudantil sobre o atual momento da Universidade. A galera soube que estava ocorrendo remoções na favela do metrô. Geral foi pra lá em solidariedade aos moradores e também para manifestar contra. Chegando lá tinha mais PM que morador e universitários juntos. Confronto.
Universitários e também alguns moradores retornam à UERJ e aí foi mais confronto, MUITO mais. Ficaram todos encurralados dentro do prédio e o batalhão de choque da polícia usou de jatos d'agua fortíssimos, bombas e gás. Universidade foi destruída. Geral encurralado!  
Fora da UERJ o batalhão de choque plantado, cercaram tudo. Um horror. 
Cheguei no meio da história toda, mas fui lá ver e dar força aos amigos que estavam desde o início, e mais uma vez ter certeza de que a UERJ esta nas mãos de um reitor fascista, e com funcionário 'da segurança' que amedrontam alunos. Pessoas que não conseguem estabelecer diálogo algum, que usam de força, e repressão violenta.

Depois desse ocorrido o planejado era fechar a Avenida São Francisco Xavier, eu não fui. E fui criticada por isso. 
Eu poderia escrever de onde veio a minha postura, do quanto é complicado ser uma trabalhadora militante e de tudo que isso envolve. Mas deixo isso pra outro dia e sugiro esse link: https://www.facebook.com/suelifeliz/posts/1008282582522990?fref=nf&pnref=story
Movimentos estudantis saiam da bolha!

Depois de tudo voltei pra republica e fiquei muito mal, muito mal mesmo. Pensando que agora tem gente vendo sua moradia sendo demolida. GENTE VENDO SUA MORADIA SENDO DEMOLIDA! A empatia dói. A empatia é a revolução. 
No Jornal Nacional a notícia é totalmente deturpada.  Como vi no facebook..
"Não, Wiliam Bonner, não foram "favelados" que destruíram a UERJ. Na UERJ, os "favelados" entram todos os dias, pela porta da frente. São alunos. São pessoas assistidas pela UERJ tb, em diversos serviços.Quem destruiu a UERJ foi o prefeito das remoções violentas e o reitor, que tem medo de aluno! A tarefa de todo mundo amanhã é construir o diálogo para a superação da crise!"
Ainda há muito pelo que lutar! Ema vez uerjiana, eternamente uerjiana ♥

Ontem foi um dia bem corrido, mas muito bom. Fui trabalhar, depois curso de espanhol e republica. Teve reunião do trabalho, e na volta pra republica minha mãe me liga e diz que estava na porta da república, que veio me ver. Gente eu transbordei amor. Era tanto amor que transbordou pelos olhos!! Minha mãe, meu pai e minha vozinha, todos aqui, exaustos de seus dias vieram me ver. Nos abraçamos muito, comemos juntos e conversamos. Na despedida eu sofro, sempre sofro. Queria voltar pra casa com eles, mas fiquei. Com o coração saindo do peito.. É uma saudade constante, um amor absurdo.

É isso gente. Boa noite.. 
Na dúvida, sigam pela esquerda. E mais empatia na vida!
Bj* e um sorriso

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