sábado, 31 de agosto de 2019

Alguns dias são piores que outros

 



Alguns dias são piores que outros, inevitavelmente.

E mesmo com a tranquilidade de quem amou tudo que era possível amar, eu sinto que ela ainda tinha tão mais a ensinar, a dizer, a fazer. parece que tinha mais uma pá de coisas que a gente ainda tinha que viver juntinhas.
Um montão de brigas pra brigar. Um mundo inteiro de tretas, de risadas.. tinha tanto ainda vó!
Que droga! QUE DROGA!

Eu queria mais! Mais uma vida toda vó.

Eu não consigo mais tomar decisões, ficar sem chorar.. bolinho de arroz, eu não aprendi a fazer. Nem a vagem com ovos.. que droga!


quinta-feira, 29 de agosto de 2019

A motivadora de todos os dias

 


Um TBT de Maria bem neném.. 
A gente vive de lembrar né.. 
 
Por aqui a vida segue certa normalidade.. trabalhos e compromissos em andamento normal. 
Mas parece que os dias são meio monotemáticos. Todos os dias são da Maria, que nos da forças pra continuar.. e na verdade bota a Carlotinha na nossa vida, bem viva, bem bem!

A gente vive de lembrar.


segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Que é?

 



Oi..
tô sumida né.
Minha vontade de vim escrever aqui é zero.
Eu não quero mesmo. Mas por outro lado acho meio sacanagem, largar tudo assim.
Eu vou tentar continuar, mas sem compromisso de regularidade ok?!
A vida anda um porre. Nada tem graça. O mundo ficou muito chato sem a chatice da minha vó.

Não pensem que eu tô triste, muito mal.. eu tô trite, mas a gente tá caminhando o bem por aqui. Parece até que a vida tá voltando ao normal com certa rapidez. A gente tá caminhando com a tranquilidade de quem fez tudo o que pode, de quem amou o máximo que pode.

Pode parecer frieza, mas é real. O melhor travesseiro é a consciência tranquila de quem deu amor.
Amem e digam do amor de vocês a quem deve ouvir. É libertador.

Escolhi essa foto porque Maria é a embaixadora da minha vó nesse mundo. Percebam esse olhar abusado. É Carlotinha.. tá tudo como tem que ser.
❤ 

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

O DIA QUE EU ACHEI QUE NUNCA FOSSE CHEGAR




Eu comecei a escrever isso aqui um monte de vezes e parei.
Hesitei muito.
Pensei mil vezes antes de colocar aqui um texto que era pra ser só meu.

Quando tudo estava acontecendo, em todos os momentos eu pensava "como eu vou fazer pra escrever isso que eu tô sentindo depois? acho que eu não vou conseguir"

Escrever sempre foi a forma que eu encontrei de resolver as minhas coisas. É um processo de organizar e digerir as coisas que me acontecem.
E colocar isso aqui, nesse espaço, tem mais a ver comigo do que com vocês.

Como eu sempre dividi coisas da minha vó com vocês, achei que era justo compartilhar essas palavras.

Eu sempre desconfiei do amor romântico. Nunca vi funcionar na prática.

Eu e minha vó brigávamos muito, muito. Tenho certeza que magoei ela, assim como ela fez comigo.
A gente se estranhava pra valer.
Ela sempre preferiu a minha irmã. E eu sempre preferi ela.
E mesmo a gente sendo cão e gato, eu fazia questão de dizer da nossa relação na internet por acreditar que era tão amor quanto todas as outras exposições de afeto que eu via na rede.
Era azeda a nossa convivência. E era amor igual.

Na verdade as postagens eram tentativas de dizer "olha o nosso amor, não é cor de rosa, mas é bonito"

Hoje faz uma semana que aconteceu uma coisa que eu tinha certeza que nunca ia acontecer.
Todo mundo diz que a morte é a única certeza da vida. Eu tinha certeza que a minha vó nunca ia morrer. Certeza.
Pode ser maluquice, sei lá. Mas a morte, e todas as certezas, todas as coisas, era tudo muito pequeno perto da minha vó. Então pra mim não fazia sentido nenhum achar que um dia isso fosse acontecer com ela.

Como muitas pessoas sabem, as coisas pioraram muito na nossa vida nos últimos dois anos. E a saúde dela acompanhou essa piora com intensidade.
O Alzheimer avançou a passos largos, ela estava cada vez mais debilitada e sentíamos ela muito distante de nós. Muita dor é o que realmente sentíamos.

Desde a internação dela na véspera do aniversário da minha filha, que nós - eu, minha mãe e minha irmã - estávamos nos preparando e sendo preparadas para lidar com esse assunto.

A pouco mais de um mês descobrimos um câncer no cérebro, que já tinha metástase no pulmão.

Nada que nos fizesse relativizar a força da minha vó, ou acreditar que a vida dela fosse realmente acabar.
O câncer, assim como Alzheimer, devia ser muito burro e infeliz por escolher uma mulher tão forte como minha vó.

No penúltimo final de semana, com a minha vó já de alta e em casa, enfim realizamos a festinha da Maria Júlia. Ela foi. Estava bem confusa, mas nitidamente alegre, lindinha e maquiada.

No domingo dia, 28, passei o dia com saudades.
Pensei e falei muito sobre ela.
Nesse dia fui ao samba, e lá tive uma conversa breve, mas muito significativa sobre a morte, com uma pessoa muito sábia, o tio Joacyr.
Falamos que a pior morte é o esquecimento e o desencanto. E que tem morto mais vivo que muito vivo... morto lembrado nas rodas de samba, de jongo. Morto que tá sempre nas conversas. Morto que dança, que vira piada. Morto que nunca é esquecido.
Nessa conversa eu disse o quanto eu ainda precisava melhorar, o quanto esse assunto ainda me fazia sofrer, e claro, falei da minha vó.

Então ele me disse uma coisa que eu já tinha ouvido, mas que só naquele dia fez sentido: Somos egoístas.
Nossas velhas precisam e merecem descanso. Vidas de tanta luta, precisam repousar.
E chega um momento que elas já não podem cuidar de mais ninguém aqui, nem delas.
E em outro plano, talvez continuem fazendo aquilo que elas fizeram tão bem a vida toda, cuidar da gente.

Engoli a seco.

Na segunda, dia 29, eu, minha vó e Maria passamos o dia todo juntinhas. Só nós três.
Vi minha vó como nunca tinha visto. Ela não conseguia fazer as coisas mínimas.

Senti muita, muita saudade da minha vó. Mesmo com ela do meu lado eu senti saudade de quem ela era, de quem ela foi a vida toda pra mim.

As vezes ela parecia que não estava mais ali.
E as vezes parecia que ela estava em tudo, especialmente quando estava junto com a Maria Júlia.

Nesse dia elas brincaram muito, muito!
Brincaram e brigaram também. Comeram juntas, dormiram juntas, eu tirei fotos e gravei vídeos lindos.
Ver ela obediente era o que mais me doia. Minha vó nunca obedeceu a absolutamente ninguém, nem a vida, nem a morte.
E com Maria ela sempre desobedecia. E isso quer dizer que ela estava viva.

Na segunda ela deu refrigerante pra Maria (coisa que eu sempre proibi) e duas palmadas fortes na menina.
Doeu em mim, como quando ela me batia.
Mas não era só a dor do tapa. Tinha a dor da presença esporádica daquela vó que já tinha ido embora e só as vezes que voltava.

A noite fui pra minha casa e escrevi no Instagram sobre como eu me sentia. Escrevi sobre a dor da morte se aproximar e sobre como é importante o exercício de responsabilidade da gente cuidar das nossas velhas e velhos.

O texto dizia de um dia difícil. E eu não sabia que na verdade dizia de um dia de despedida.

Eu disse que minhas avós sempre foram as mulheres mais fortes do mundo, donas da vida, donas de todas as decisões, donas de nós todos e donas da morte também.
Eu disse que desde que minha vó descobriu o Alzheimer eu é que as vezes tinha vontade de morrer, com medo que ela um dia esquecesse de mim e de nós.

A pior doença do mundo é o Alzheimer. Ela é a pior de todas! De todas!
Porque por mais que haja sofrimento, as outras doenças não te roubam a sua memória, então você sofre junto com sua história.
A verdade é gente vive pra lembrar. As conquistas, as coisas boas e más. Todas as coisas da vida a gente vive pra lembrar. A vida é lembrar do que se viveu.
Então se algo te rouba isso, é a maior dor do mundo.

Desde a descoberta da doença, ela sempre foi muito forte e muito bem cuidada. E por isso a doença estava muito bem controlada.
Mas mesmo assim veio o avanço, a piora.
Então a Maria chegou na nossa vida, e a Maria parecia ser o antídoto da morte da minha vó. Com a minha filha ela estava sempre muito viva e feliz.

Escrevi sobre o privilégio que era ser neta dela e de toda nossa convivência. Pensei na sorte da Maria Júlia, de ser cuidada e cuidar da vovó bisa.
Do tanto que realmente é importante cuidar das nossas velhas.
Não é romântico, nem fácil, nem nada. É responsabilidade. É o mínimo.

Na terça, dia 30, acordei com a mensagem de uma amiga muito querida, a Ibis. Ela me disse que viu o stories e que eu precisava concordar com o cansaço e o descanso da minha vó. Conversamos muito, muito. E ela me disse da vivência dela, e me disse coisas duras e divertidas sobre se despedir. Entendi tudo, mas não aceitei quase nada. Ou achei que não tivesse aceitado.

Na quinta-feira, dia 01, por negligência da pessoa responsável por cuidar da minha vó, ela sofreu uma queda. Bateu a cabeça e fraturou a clavícula. Foi pra emergência e ficou internada em observação.

Sexta feira, dia 02, foi aniversário dela. Pela organização da família, eu ficaria no hospital o dia todo no sábado, mas mesmo assim quis ir na sexta por causa do aniversário.

Com a Maria no colo, passei no mercado, comprei dois bolinhos recheados, bem doce, do jeito que ela gostava, comprei uma velhinha e fósforo pra gente cantar parabéns escondido.

Imaginei a gente cantando parabéns juntas. A Maria achando que a festa era dela e a minha vó toda prosa. Imaginei e sorri por dentro, grata por mais um aniversário da minha vó com a gente.

Cheguei no hospital e não pude levar a Maria pra minha vó ver. Ela é muito novinha ainda e eu tive que pedir pra minha irmã, que estava de acompanhante da minha vó, descer e ficar com a menina pra eu subir para a enfermaria e ficar com a vó.
Cheguei e encontrei ela de olhinhos fechados.

- Benção vó!
- Deus te abençoe, minha filha.

Foi o nosso único diálogo. A despedida já tinha acontecido na segunda.

Passei todo o tempo da visita fazendo carinho no cabelo e no rosto dela.
Tentei conversar outras vezes sem sucesso. Ela balbuciava qualquer coisa sem sentido, e com pouco fôlego.
Mesmo assim eu falei do nosso amor infinito e da saudade que eu estava.

Fui até minha irmã e pedi o telefone para mostrar fotos da Maria Júlia. Mostrei e ela pareceu não ver. Insisti e ela mandou beijos pra tela.
Parecia dormir seguidamente. Mas era um sono inquieto. Na verdade não era sono, era cansaço mesmo.

Se mexia muito, se descobria. Disse que tava com calor, mas na verdade era falta de ar.
Começou numa agitação crescente.

A visita acabou, mas eu não quis ir embora. Insisti com minha irmã e ela me cedeu o lugar de acompanhante. Subi novamente para o quarto e avisei as enfermeiras que minha vó estava ofegante, agitada, inquieta.

Alguns testes e verificações. Pouco oxigênio. Uma máscara enorme no rosto. Ela resiste, tenta tirar. Seguraram as mãos dela.
Angústia.
Vômito.
Tiram a máscara. Muito vômito.
Ela continua com falta de ar e perde a consciência. Tenta respirar ofegante.

"Meu amor, eu tô aqui com a senhora. Tá tudo bem... Eu vou ficar aqui.
Se a senhora precisar descansar, tá tudo bem vó... Tá tudo bem se a senhora precisar descansar" eu disse sem nem acreditar que eu estava dizendo.

Retiram ela do quarto e levaram para o CTI. Antes eu dou um beijinho demorado no pezinho dela, que estava tão gelado.

Eu me retiro. Eu já sabia de tudo.. do fim.

Encontro minha irmã e minha filha no primeiro andar do hospital.
Tainá sobe. Minha mãe chega.

Minha vó teve uma parada cardíaca de 22min e conseguiram reanima-la.
Essa parada foi só pra ela dizer que é incrível mesmo. Que ninguém no mundo é mais forte que ela.
Teve uma segunda parada, e só na segunda ela foi embora. Quase como se dissesse "Viu, eu consigo resistir. Agora vou porque eu quero"

Eu ainda não acredito muito bem no que aconteceu. Nunca achei que existisse um Deus capaz de tirar a minha vó de mim.
Eu nunca achei que isso fosse acontecer. E ainda se acontecesse, não achei que fosse ser dessa forma, tão na minha frente.

Sábado e domingo passamos o dia arrumando coisas.
Minha mãe que tinha se mudado de casa a pouco mais de uma semana precisou de ajuda para organizar coisas. E as tantas coisas da minha vó eu e minha irmã organizando tudo.
Escolhemos a roupa do velório, separamos fraldas e remédios para doação.
Tudo muito rápido. Tudo muito em paz. Não sem dor, mas em paz.
Tão tranquilas, que quem está em volta acha estranho.
Enquanto arrumávamos a casa, choramos juntas. Lembramos juntas. E conseguimos até rir juntas. Igualzinho minha vó ensinou.

É que só a gente sabe da convivência. Quem tá em volta, perto ou longe, nunca vai entender.

O velório foi na segunda. Eu e minha irmã conversamos tanto com ela, choramos muito, uma dor insuportável. Mas uma tranquilidade absolutaaa.
Nosso choro é de saudade, nunca será um choro de remorso.
As pessoas mais tristes e mais calmas éramos nós. Eu, minha mãe e minha irmã.

Fizemos tudo, absolutamente tudo que podemos, da melhor forma que podemos.
E agora sentimos a maior dor do mundo. Uma dor que é maior que de todas as outras pessoas.
Porque era só a gente que estava realmente junto com minha vó, é só a nossa vida que realmente mudou com a despedida dela.

A gente escolhia a minha vó todos os dias. Era nossa primeira opção, nossa prioridade. E isso, é o tal do privilégio.

Foi doído, muito. Muita renuncia. Só minha mãe que sabe.. só eu e Tainá sabemos. Mas entre o bônus e o ônus o bônus vence em disparada.

A gente aprendeu tanto, mas tanto!
Minha vó nos ensinava todos os dias, em cada detalhe, em todos os momentos, todos.
Uma mulher sempre a frente, em tudo.
Forte, decidida e brigona.
Uma mulher brigona que eu nunca vi brigar.
Ela era esporrenta, mas também era uma atriz.
Na rua ou com as visitas ela falava baixo e sorria.
Com a gente era os gritos e os piores palavrões.
Sabia calar. Sabia deixar as coisas pra lá... "a vida devolve" ela dizia.

Minha vó dizia que não sabia rezar, mas tinha uma fé e um otimismo inabaláveis "de hora em hora Deus melhora".
Com tantas doenças, nunca planejou morrer. E não reclamava quase nunca.

Ela também dizia que não sabia brincar, mas ela que me ensinou a brincar de cama de gato.

Um discurso machista com uma prática irretocavelmente feminista.
Pobre, mãe solo, favelada e zero medo de homem. Zero submissão, zero!
Aliás, ela teve muitos homens, viúva de todos eles. Várias alianças, todas juntas no mesmo dedo.

Criou todos os filhos com muita luta. Todos dignos, trabalhadores, com suas famílias e casas próprias. Ela tinha muito orgulho dos filhos, sempre dizia "criei todos os meus filhos sozinha, sem pedir nada a ninguém. Quando o pai morreu mandaram eu dar meus filhos igual se dá cachorro. Tão tudo aí oh, muito bem criados"

Ela morou a vida toda na Mangueira. Nunca gostou de samba, detestava especialmente os homens do samba. Julgava Cartola abusado, e eu não sei muito bem porquê falava mal da Dona Ivone Lara.

Cozinhava muito bem, uma mulher muito limpa. A vida toda foi empregada doméstica.

Não sabia ler nem escrever. Mas dinheiro era com ela mesmo, ótima de contas.

Conversava sobre tudo. Tratava todos muito bem. Educadissima.
E linda. Linda, linda.
Vaidosa. Leonina.

Minha vó ensinou a gente a viver.
E eu acho que a gente ainda tinha mais coisas pra aprender, sabe.
Que ela era assim, tudo do jeito dela, no tempo que ela queria. Por isso que a gente brigava, uma droga.

Tudo que a gente sabe foi ela que ensinou. E hoje a gente é forte, porque foi ela que ensinou.
O atrevimento da Maria, acho que também foi ela que ensinou.

E olha, nenhuma de nós quer parabéns por ter cuidado da minha vó tão dignamente. A gente não fez mais que obrigação.
Do mesmo jeito que minha vó cuidou da mãe dela, e nunca quis confete.

Esse papo de enfeitar a palavra ancestralidade, isso preciso ser revisto.
Se isso não virar uma prática, não serve pra muita coisa não.
Não adianta cultuar orixá com o argumento de ancestralidade e não ter um tempo pra conversar com seus mais velhos em casa. Não adianta ir pra roda de samba cantar suas raízes e tratar mal sua vó, sua tia velha. Não adianta!

Ancestralidade não é assim tão lindo, e dá muito trabalho. Mas é o mínimo que a gente tem que fazer. Dignidade aos nossos velhos é obrigação nossa mesmo, não tem pra onde fugir depois.
E é bem feito pra quem não tem pra onde, pra quem fugir. É bem feito!

Como eu disse, não é um texto caça like, também não é um texto de raiva, indireta, nada disso...
É só porque eu acho que de tanto dizer da minha vó eu tinha que contar isso aqui.

Cuidem de suas velhas. Cuidem de seus velhos. Estejam vivos com eles, faça por eles exatamente o que eles esperam de seus filhos, seus netos, façam o melhor que puderem.

Conversem com seus mais velhos! Ouçam as histórias repetidas! Digam muitas vezes o quanto a vida deles foi é necessária pra que você estivesse no mundo hoje. Se eles não se sentem necessários, estamos no caminho errado.
Digam e perguntem como foi o dia dos seus avós. Isso é amor também.
Cuidem deles.

Minha vó cuidou de sua mãe. Minha mãe cuidou lindamente da minha vó. Eu e minha mana vamos cuidar da minha mãe. E Maria, vendo isso, sem que eu precise pedir nada, vai cuidar de mim.

É assim que tem que ser. E é assim que vai ser.

E é assim que não existe morte.

Se a vida é inventada a morte também deve ser.

Minha vó, na prática ensinou que ninguém morre de amor.
Mas eu acho que a gente morre mesmo é de saudade, sabe.

É só isso mesmo.
Cuidem dos seus. Cuidem bem e com amor.

Amor é caro, dá trabalho. Não é bonito, dói, mas é bom. Sejam honestos com o amor e com seus velhos.
É o mínimo.

A missa de sétimo dia será hoje, as 19h na igreja de Santana (próximo ao west shopping)