terça-feira, 31 de julho de 2018

Melhores amigas, primeiras visitas


Oi gente! 
Essa foto é muito especial. Essas foram as primeiras visitas da Maria Júlia.
As melhores amigas que a vida poderia me dar, fizeram questão de ir até a Casa de Parto depois de um dia de trabalho visitar a minha filha no dia do nascimento dela - essa ainda é uma das muitas fotos do 25 de junho.

Que alegria foi vê-las lá! Que alívio, que segurança meu coração sentiu.. Todo agradecimento é pouco.
Eu amo essas garotas demais! 

Bj* e um sorriso

segunda-feira, 30 de julho de 2018

A melhor vó do mundo!


Ainda com as fotos da chegada..
Maria Júlia no melhor colinho do mundo, da melhor vó da vida.
Minha mãe foi e está sendo fundamental em absolutamente TUDO na minha vida nesse último mês. Não que ela já não fosse antes, mas agora é diferente. Ela é nossa bússola, nossa heroína, nosso oráculo, nosso tudo. 
Foi desde o pré parto essencial. Participou ativamente do parto e foi a pessoa que cortou o cordão umbilical.
Eu nem sei dizer o tamanho da importância dela em todos os momentos agora.
Se a Maria Júlia me amar a metade do que eu amo essa mulher eu já tô satisfeita!

Obrigada por tudo, obrigada por tanto mãe! Te amo demais!

Bj* e um sorriso

domingo, 29 de julho de 2018

Os primeiros olhares II


Oi.
Mais uma foto dos primeiros momentos, da chegada da Maria Júlia.
João e ela tem a troca de olhares mais linda que eu já vi na vida.
Ela olha pra ele com tanto, mas tanto amor, que só pode entender quem testemunhar o que acontecce com eles dois.

Com ele por perto ela deixa de enxergar qualquer coisa em seu entorno. Ela namora ele com tanta sinceridade nos olhinhos.. é mesmo lindo.  
E ele.. ah, ele fica se sentindo né. 
Ele diz o tempo todo "eu sou o pai!"
E eu digo internamente o tempo todo "acertei na escolha"
É amor pra vida toda mesmo.

Bj* e um sorriso

sábado, 28 de julho de 2018

Os primeiros olhares



Gente essa é o nosso primeiro registro juntas.. pra falar a verdade eu nem tinha notado essa foto, eu se quer me dava conta dela até rever as fotos pra organizar aqui no blog.
Maria tinha acabado de chegar e clicaram nós duas nos olhando.

Eu realmente não quero seguir aquela coisa previsível de relato de parto tipo postagem de instagram. Mas acontece que eu sempre conto (quase) tudo aqui no blog. Então vamos lá..

Depois de ter alguns problemas com o plano de saúde - minha primeira consulta do pré natal aconteceu com aproximadamente três meses de gestação, depois do episódio da médica ter ido embora sem me atender - e também com o atendimento da clinica da família - onde a médica que me atendia SEMPRE pedia exames errados - eu escolhi ter a Maria Júlia na Casa de Parto Davi Capistrano Filho.
Um amigo me indicou uma doula, que na verdade era uma enfermeira obstetra. Sondando preços e possibilidades essa enfermeira me falou sobre a Casa de Parto. Pesquisei na internet e gostei da proposta deles.
Trata-se de um lugar comprometido com o acolhimento da mulher e a família para viverem com dignidade a gestação e nascimento. Eles realizam partos normais, naturais e humanizados. Ou seja, partos que acontecem pelas vias naturais, e respeitando as escolhas da gestante.
Eles contam com uma equipe capacitadíssima de enfermeiras obstétricas, que com recursos de baixa complexidade realizam um trabalho maravilhoso de respeito as mulheres. Um trabalho de resistência e beleza, de acompanhamento desde o pré natal até o pós parto.

Como todas as pessoas que me conhecem sabem - e quem não conhece pode ter percebido pelas minhas postagens - minha gestação não foi nada tranquila, pelo contrário. Minha gestação foi muito complicada, do início ao fim, em todos os sentidos!
Minha gravidez aconteceu no memento mais difícil da minha vida. Infelicidade e assédio moral no trabalho, falta de fôlego na faculdade, e fortes decepções bem no seio da minha família, que no meu sexto mês me fez experimentar a separação dos meus pais.
Embora eu tenha sido uma grávida saudável, sem nenhum problema de saúde, eu sofri muitíssimo com enjoos terríveis. Indisposição, muito cansaço.. uma rotina maluca. Eu fiz questão de não diminuir o ritmo na esperança de não me desorganizar no decorrer do término dos ciclos, afinal eu tenho um mestrado e uma faculdade para terminar. Enfim, foi maluquice pura.
E para um contexto tão conturbado até que o nascimento da Maria Júlia foi tranquilo, ou nem tanto...

Dia 24 de junho, domingo, dia de Samba na Serrinha. Eu passei o dia bem, e no final da tarde me arrumei pra ir pro samba. Eu que durante a gravidez toda não usei top, resolvi colocar o barrigão pra fora. Coloquei uma saia de fenda, uma maquiagem na cara e fui.
Assim que cheguei na Casa do Jongo fui cercada de gente perguntando pelo João. Era samba de comemoração ao aniversário de quatro anos do evento, e ele que é idealizador e fundador do Samba na Serrinha resolveu tocar num samba em Padre Miguel. Falo com um monte de gente, um monte de gente fala comigo.. já cansada eu resolvo comer alguma coisa, encontro minha amiga com uma outra amiga, conversamos um pouco e quando enfim a gente resolve se encaminhar para a roda de samba eu sinto um liquido quente na perereca.. a bolsa rompeu.
Não fiquei nervosa, eu só queria que poucas pessoas soubessem pra ninguém tentar me impedir de conseguir chegar na beira da roda e cantar uns sambas, sambar um pouco, antes de ter que ir ter o neném. Rapidamente as pessoas ficam sabendo, mas até que eu consegui sambar um tanto.
Eu tava muito feliz de estar no samba, muito mesmo. Muito tempo sem sair de casa, muito tempo sem ir pra Serrinha.. eu curti muito esses momentos.
Logo o João chegou pra me buscar e fomos pra Casa de Parto.
Chegamos, minha mãe chegou em seguida e meu pai um tempo depois.

Eu tô achando chato ficar contando essa história enorme pra vocês. E de agora em diante, que é quando tudo vai ficar mais doloroso e angustiante na história eu vou resumir.
Recordo do meu trabalho de parto em três momentos. O primeiro foi o início, quando os batimentos cardíacos da Maria estavam um pouquinho agitados e a minha dilatação lenta. O segundo momento eu passei por uma avaliação de risco, pra saber se mesmo com a dilatação lenta eu poderia permanecer na Casa de Parto ou deveria ser transferida para o hospital. As enfermeiras fizeram as ponderações necessárias e resolveram investir em ocitocina para acelerar minha dilatação. Apostaram em mim e meu corpo correspondeu as expectativas. Então o terceiro momento do meu trabalho se resume a dilatação e dor. Dor, dor, dor, dor, dor, muuuuita dor!
Dor, e a tentativa de amenizar na banheira com água quente. Dor, e a tentativa de amenizar na bola de pilates. Dor, e a tentativa de amenizar na barra ortopédica. Dor, e a tentativa de amenizar com os oléos essenciais. Dor, e a tentativa de amenizar com massagens. Dor, e a tentativa de amenizar com banho de escalda pés.
DOR.
Uma dor que me fez parar de falar, só gemer. Uma dor que me fez morder um bolo de tecidos com tanta força que meus dentes da arcada inferior se separaram. Uma dor animal, uma coisa brutal!
Dor.

O tempo inteiro João e minha mãe estiveram comigo. E isso foi fundamental para eu conseguir parir bem. Fundamental. Meus limites físicos foram completamente esgotados!
Desde o rompimento da bolsa - por volta de 20:30 - até o nascimento - 13:11 - foram dezessete horas de muita superação.
Maria Julia nasceu quando eu achei que já não fosse conseguir mais suportar a dor. Eu estava num banquinho, de cocoras. João amparou a saída dela de meu ventre e minha mãe cortou o cordão umbilical.
Foi a maior loucura da minha vida. E ainda está sendo...

Bj* e um sorriso