domingo, 31 de dezembro de 2017

No samba, na vida.. eu vivo pra ver isso


Oi.
Essa foto foi clicada ontem, lá na Casa do Jongo, no evento de comemoração do aniversário da Tia Maria do Jongo.

E ela tá boa pra encerrar as postagens desse ano. Porque é isso que eu mais gosto na vida.. é ver o novo e o velho juntos, interessados um no outro, lado a lado e se fitando. Isso é pura vida, é vida pura!

E a vida.. ah essa tal de vida. Eu não sei de nada mesmo. Nada. E esse ano a vida me mostrou isso.

Eu poderia contar duas versões desse ano, igualmente verdadeiras e absolutamente antagônicas.

Mas as duas na verdade são uma só, uma dentro da outra. Uma atravessada pela outra. A parte ruim abraçando tudo que é bom, e esbofetando tudo.

Eu tô num emprego estável, eu entrei pro mestrado, eu me apaixonei e firmei um relacionamento lindo com a pessoa por quem me apaixonei, e tô gerando uma vida dentro de mim. Verdade, tô grávida. 
E eu também descobri quão dolorosa e grave pode ser o assédio e perseguição no trabalho, fui engolida pelas demandas acadêmicas de uma faculdade simultânea ao mestrado, relembrei como dá trabalho namorar.. mas o pior de tudo sem dúvida foi ver a minha família realmente ameaçada, perdida, desolada, estraçalhada. Isso eu nunca imaginei que fosse acontecer, eu nunca achei que fosse suportar, nunca! Nos mudamos! Mudamos de casa, mudamos de ponto de vista. Mudamos.
É o pior dos meus pesadelos, a maior das infelicidades.. e um bebê no meio disso, bem dentro de mim pode significar tanta coisa..
Era o mais improvável, e aconteceu. 
Esse ano foi o ano das coisas inimagináveis, sem dúvidas!!
O concurso que já tinha vencido a validade me convocou. Eu que nunca sonhei com a carreira acadêmica entrei no mestrado. Eu que não queria namorar, tô mais amarradona que nunca. A minha família que pra mim era fonte inabalável de força, confiança e segurança.. escorrendo pelas mãos.  Mudamos de casa, aquela que tiramos do chão, construímos com muito suor e luta, tão devagar.. 20 anos naquele chão. Deixados pra trás na tentativa de um recomeço. Que diria?! Um bebê! Meu Deus! Um bebê. No momento mais triste, no momento mais preciso talvez..

A vida não existe.. é maluquice mesmo. Não sei de nada.

Eu desejo que em 2018 eu consiga terminar alguns ciclos para começar outros com plenitude, firme algumas coisas, tantas.. Que eu resista, junto com os meus, com a minha família nova e velha. Com as família aumentada e reafirmada. 
Que eu consiga passar por todas as coisas inimagináveis, mas reais. 
Que eu consiga. Que minha mãe consiga, minha mana, minha vó, meu amor, o pai também.. Que a gente consiga. Juntos.
Amém.

Bj* e um sorriso

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