terça-feira, 5 de julho de 2016

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Boa tarde minha gente. Foto de segunda feira, samba na Pedra do Sal, comemoração do aniversário de um amigo querido. 
Encontrei essa safada linda lá também.
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Falar pra vocês que nesse dia foi muito bom estar comemorando o aniversário do meu amigo, muito bom rever a Ingrid, muito bom rever outras tantas pessoas.. mas voltei pra casa bem chateada por ter visto como o samba tem sido tratado lá na Pedra. Vi uma roda de samba tão cenográfica!
Já tem tempo que ir pra Pedra do Sal tem significado conviver com turistas e mais turistas. A prefeitura tem estado por lá.. mudou a iluminação e a disposição do espaço, grades, comercio, uma parafernália só. O clima tem mudado bastante, quem frequenta sabe do que eu tô falando.
Mas na segunda feira estava pior, estava acontecendo absurdos. Gente com radinhos e fones, tipo contra regras de TV, muitas câmeras, microfones daqueles que a gente só vê em gravações.. e pasmem, tinha até figurantes na beira da roda! Isso mesmo, figurantes.
Sei disso porque os dois minutos finais de um set que eu fiquei na beira roda vi os músicos pedindo que a galera da figuração não cantasse o samba tão alto pra que não soasse muito no microfone dos músicos (!). Que alias não são os músicos da roda de samba do Samba de Lei, os que estão lá normalmente.
Olha, foi muito ruim pra mim. Fiquei triste mesmo.. não me identifico mais com o lugar como antes. A gringaiada tá dominando, e a qualidade tá caindo real.. Tristão.

Agora deixem eu falar de uma outra parada pra vocês.. Hoje lá na minha faculdade, EEFD, na dança, começamos um grupo de trabalho por um programa de apoio a diversidade. Estamos pensando juntos, a direção, alunos e professores, medidas efetivas para amparo as vítimas de homofobia, racismo, assedio moral, sexual, na vida acadêmica.
A decisão foi tomada ontem, após um encontro para falarmos/pensarmos a respeito do assassinato do Diego Vieira, um aluno de Letras que teve seu corpo encontrado no sábado (dia 02) dentro do campus universitário. Há fortes indícios de que Diego foi vítima de um crime de ódio, homofobia e racismo. Além de ter sido vítima também da segurança falha, omissa e quase ausente da Universidade.
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/07/policia-ve-indicios-de-crime-de-odio-na-morte-de-aluno-da-ufrj.html



Mais uma vida abortada por essa sociedade doente. Mais uma vida cheia de vida indo embora por causa do ódio que dedica-se a quem ama fora da caixinha da hipocrisia. 
Como disse a vice diretora da faculdade, Angela Bartha, o ódio que mata está no mesmo saco de maldades de todo contexto atual.. é do ódio que promove o golpe, do ódio que sobe favelas.. Amor, cor, probreza a troco de ódio.
A gente vai é lutar pra que não haja mais mortes como a de Diego, e que para que mais Diego permaneçam entre nós. 
Não será esquecido!

Link de hoje é sobre a exceção do jornalismo..

E só pra lembra.. A luta pela descriminalização e legalização das drogas não é pros playboyzinhos fumarem seus becks em paz não. É pelo fim da morte do povo preto da favela!
Tenho dito.

Bj* e um sorriso

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