sábado, 30 de setembro de 2017

Universidade de Bambas


Boa tarde!

Foto de quinta feira, dia 28, teve samba na Universidade.. e como é de se suspeitar, só podia ser na UERJ né!
Um projeto muito bacana da rádio nacional, que leva o rádio da academia convidando a comunidade acadêmica e todos mais para curtir um samba de qualidade e cheio de conhecimentos.
Muito bacana mesmo!

Link de hoje é pedrada da boa:

A mais ou menos uma semana atrás, dia 20, eu presenciei uma cena de racismo em uma das aulas de disciplina do mestrado.. 
A professora abriu a aula dizendo que a "pele morena de Vygotsky não faria sucesso algum no Brasil", a 'morenisse' de Vygostsky e o seu suposto sucesso em nada tinham a ver com o conteúdo da aula, a não ser revelar o racismo de quem dizia. 
Depois teve mais um caminhão de pérola.. "Imagina só se toda a cidade do Rio de Janeiro tivesse água e luz? Eu que moro na Barra morreria?" Não tive estômago de falar nada, fiquei perplexa. Guardei, porque a única resposta possível seria "Além maravilha de água e luz para todos, sua morte talvez seria um alívio de igual intensidade professora"
Ontem mesmo voltou a acontecer no grupo de pesquisa que eu faço parte.. é, isso mesmo.
Uma pessoa desmereceu as considerações de um colega que denunciou seu incomodo com as leituras de Mario de Andrade. O colega que chegou a ler um trecho da obra pra exemplificar sua indignação teve como resposta risadinhas.. e a afirmativa de que a ironia do autor racista faz parte das estratégias da arte pra nos fazer pensar. Eu disse a colega racista "que visão limitada de arte a sua!", mas é claro, bem claro, que ela não entendeu.. 
Eu tô dizendo isso aqui porque a cada dia mais eu me canso em perceber que ser negra dentro da Universidade é ter que explicar o obvio e sentir o pior.. é como se o tempo todo eu estou no lugar errado, o tempo todo!
Um saco, um  soco no estômago.

Bj* e um sorriso

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